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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Leão em pele de cordeiro

 Leão em pele de cordeiro

Não lembro o porquê nem como, mas lembro da escuridão que me envolvia e sufocava, lembro-me do cheiro, lembro-me do sangue que escorria em minhas mãos, lembro-me de ter um breve momento de loucura seguido pelo desespero e pela paralisia de ver aquele vermelho rubro escorrendo dentre meus dedos, petrificada, essa e a minha definição de mim naquele momento. Lembro-me de acordar do meu tranze com um bater de palmas vindas da escuridão que me cercava trazendo-me um gosto amargo na boca.
A meda que a escuridão se aproximava aumentando o meu estado de pane entre a loucura e a sanidade. Em um Flash de luz que me ofuscava os olhos, foi então que me vi estirada no chão de uma sala que me lembrava das épocas boas, o sofá em couro vermelho trabalhado em ouro, a musica de fundo uma obra clássica de Beethoven, mas não me faziam esquecer de seu rosto fechava os olhos numa tentativa falha de esquece-lo, mas sua face se formava em minhas pálpebras na pequena quantidade de luz que entrava nela.
Ainda em estado de estaze, senti meu corpo flutuando enquanto minha alma padecia sobre seus braços banhados em sangue. Naquele chão gelado, senti minha vida sendo sugada. Senti-me fraca, mas tudo em vão, não tinha mais forças para nada, ele me tirará tudo, tudo pelo qual fazia sentido viver, minha família, meus amigos, minha liberdade, tudo jogado fora com um simples sim.
Na manha seguinte a esse infame encontro com a morte, senti-me enjoada, enojada comigo mesma, parei para refletir todos os fatos da noite anterior, e fiquei me perguntando como ainda estava ali? Como ainda estava viva depois de tudo? Sentei-me em meu sofá, pera meu? Foi então que percebi, não estava em minha casa onde estava então, não o pesadelo ainda não acabou, gritei silenciosamente dentro de mim, não sabia onde ele estava ou oque estava fazendo, mas não queria chamar-lhe a atenção.
Decidi então vasculhar a casa procurar uma saída, era enorme, entrava e saia de quartos, me perdi em vários lugares ali, entrei numa sala que tinha um piano branco de calda com uma rosa vermelha em cima, me perdi por uns instantes vendo tal imagem deslumbrante, então recobre a consciência e voltei a minha busca, foi então que eu voltei aquele lugar, aonde tudo começou sua porta de madeira maciça talhadas em lírios, sua maçaneta de cristal, tudo era convidativo, mas eu sabia oque realmente me esperava depois daquilo, não tinha certeza, mas de uma coisa eu sabia não queria entrar lá, mas e se lá fosse à única saída? E se... Abri bem devagar comecei então a descer suas escadas em caracol, senti de novo aquele cheiro fétido, que entranhava em meu corpo, foi então que encontre aquele quarto com uma luz no seu centro aonde vi oque nunca poderia imaginar ou já esperava e fiquei surpresa por já saber, estava ali diante de mim um caixão totalmente em vermelho suas alças em ouro, tudo era lindo e bizarro ao mesmo tempo entrei novamente em desespero e só pensava em sair dali, dei a volta pelo caixão sem fazer nem um barulho ou ao menos pensava assim ouvi uns creks e olhei para traz e lá estava ele , um ser tão lindo quanto um anjo e um demônio ao mesmo tempo, sentia me atraído por sua aparência mas sabia do que ele era capaz, me virei e comecei a correr.
- Inútil. (sua voz penetrava em meus ouvidos como um doce som que me fazia corar e arrepiar)
-Não, por favor, (minha face estava mais desesperada do que antes, não consegui conter as lagrimas)
E ele vinha deslumbrante em minha direção como se aquilo não fosse nada, como se eu estivesse fazendo uma tempestade em copo d'água, ele estendeu-me suas mãos para que pudesse levantar-me daquele chão rejeitei seu ato de bondade já esperando algo, foi então q ele me pegou em seus braços, tão fortes e musculosos quase que esqueci sua natureza cruel e sádica, olhei em sua face e não consegui ver mais nada, seu rosto era como uma porcelana, seus olhos tão azuis quanto o céu, sua boca, nossa sua boca me convidava para um beijo, não consegui pensar em mais nada, nem percebi que não estava, mas naquele quarto escuro, mas sim em um belo quarto com janelas e uma cama com lençóis de seda e travesseiros tão macios quanto um gato gordo.
-descane bela dama vai precisar de forças, a menos que queira que eu fique aqui com você e velar por seu sono?
Seu sorriso era como o de um anjo não pôde fazer nada, e rapidamente cai no sono, na manha seguinte acordei com um cheiro delicioso de frutas frescas e vinho, torradas e geleia de morango.
Decidi que hoje iria perguntar a ele o porquê de tudo aquilo, porque eu? E oque estava acontecendo, fui então ate aquele quarto e pra minha surpresa erava trancado com uma corrente que era maior que meu pulso, foi então que percebi que teria de esperar ate que ele acorda-se então fui ate a sala do piano que me fazia lembrar-se das minhas épocas de pianista, toquei durante horas quando dei por mim já havia escurecido então fui em direção à sala e sentei-me no sofá a sua espera. Tomei um susto ao ver sua mão sobre meu ombro, mas logo passou ao ver seu rosto, impecável.
Perdi-me em seus olhos e quase me esqueci do motivo pelo qual esperará tanto tempo ali, rapidamente desviei de seu alcance com uma esquiva para o lado.
-Porque tens tanto medo?(e ele sorriu tão singelamente que fez meu rosto corar)
-Oque é você? (saiu de minha boca como um alivio de ar como quando tiramos algo que nos aperta).
-Que rude, uma dama não deveria ser tão agressiva.
Continuei a encara-lo mesmo meu rosto ainda transparecendo medo. E ele se aproximou mais.
-Vamos não se acanhe, então comecemos do zero. (e sorriu-me calmamente tranquilizando-me de meu medo)
- Meu nome é Maxmillian Augustos Mcdemond II, e como já deve te der percebido eu não sou um ser humano eu sou... Como vocês mortais diriam? Ah! Um vampiro.
Impulsivamente sorri, mas rapidamente o fechei ao ver sua face encarando-me.
-achas engraçado?
-Não acho, é engraçado afinal, ora um vampiro se você me dissesse que era um estripador com a serra elétrica eu acreditaria, mas um vampiro, afinal, você voa? Anda no sol? Vive em uma floresta? E fica em depressão constantemente? Então eu acho que você não é um vampiro a final (não me contive em ataques de risos ao dizer isso).
Entre risos e gargalhadas me dei conta da minha situação, e me deparei com um animal, à expressão de Maxmillian mudará completamente para algo bestial, seus olhos outrora azuis como o céu, agora estavam vermelha cor de sangue, enfurecidos com minha atitude sarcástica, ao abrir sua boca para retrucar oque eu havia dito pude ver oque me pareceram ser presas, em uma atitude rápida, mas não tão rápida quando eu esperava ser levantei-me do sofá e corri em direção a porta e antes mesmo de perceber ele já estava lá sorrindo a minha espera, brincamos de gato e rato durante algumas horas e sempre que eu achava que havia conseguido escapar de sua presença, lá estava ele, se divertindo com toda aquela situação.
Então decidi me entregar , ja que nao havia como correr e nem fujir, se fosse morrer pelo menos que fosse com dignidade e por vontade propria, esperei que ele me encontra-se na sala do piano, e la estava , pelo menos estava com algi que amava e que me acompanhou durante quase toda a minha vida. 
-Não esperava que se rende-se tão rapido( falou com ar de desdem )
- Não me rendo , so aceite a situação em que me encontro , afinal você mesmo ja havia dito , "nao tem como fujir"(retrquei)

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